Scan barcode
barbarabarbara's review against another edition
challenging
reflective
slow-paced
- Plot- or character-driven? A mix
- Strong character development? No
- Loveable characters? No
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? Yes
3.0
pedrorondulhagomes's review against another edition
5.0
OS ENAMORAMENTOS, JAVIER MARÍAS
Bem-vindos ao mundo de Javier Marías. Um universo paralelo que existe a escassos centímetros do mundo real. Em muito se assemelha a este, embora seja completamente diferente. Desde logo, pela forma como decorre o tempo, um tempo de veludo e alcatifas, prenhe e distendido. É um universo implausível, não pelos acontecimentos narrados, mas pela sua natureza literária – contudo, o autor consegue-nos convencer do contrário. O seu estilo forrado, com longas frases e parágrafos, envolve o leitor numa penumbra confortável, um sussurro melódico que preenche tudo, não deixando espaço para a descrença – tal como os seus personagens, somos colocados à escuta numa antecâmera, invisíveis, esperando que o lento gotejar das frases revele a trama, um engodo para algo mais profundo. E tal como eles acreditamos ou não: porque é tão difícil perceber se alguém está a mentir – tanto progresso e estamos sujeitos a isso; e é tão fácil incutir dúvidas num interlocutor. Essa é a natureza da própria ficção e o leitor é enredado nesta trama metafísica: como não acreditar se tudo é ao mesmo tempo falsificado e possível.
Há uns meses li o ‘Coração tão branco’, que também me causou uma profunda impressão. Num comentário à minha publicação da altura, alguém apontou, e com toda a razão, que esse romance fazia parte de um conjunto de três ou quatro romances (em que se inclui ‘Os enamoramentos’) muito similares no estilo, temática e estrutura.São quase o mesmo romance, de tal forma se assemelham. E essa semelhança chega a ser aterradora, esmagando o leitor pelo efeito de conjunto.
Tal como no ‘Coração tão branco’, nos ‘Enamoramentos’ há também uma trama de género policial relativamente sofisticada. Mas se atentarmos bem à sua essência percebemos que é relativamente simples, sendo, por outro lado, o resultado muito mais impressionante. Percebemos que é apenas um pretexto. O romance é uma exploração metafísica sobre a natureza humana, a moral, o amor e a própria ficção – e as suas teses são pungentes.
Bem-vindos ao mundo de Javier Marías. Um universo paralelo que existe a escassos centímetros do mundo real. Em muito se assemelha a este, embora seja completamente diferente. Desde logo, pela forma como decorre o tempo, um tempo de veludo e alcatifas, prenhe e distendido. É um universo implausível, não pelos acontecimentos narrados, mas pela sua natureza literária – contudo, o autor consegue-nos convencer do contrário. O seu estilo forrado, com longas frases e parágrafos, envolve o leitor numa penumbra confortável, um sussurro melódico que preenche tudo, não deixando espaço para a descrença – tal como os seus personagens, somos colocados à escuta numa antecâmera, invisíveis, esperando que o lento gotejar das frases revele a trama, um engodo para algo mais profundo. E tal como eles acreditamos ou não: porque é tão difícil perceber se alguém está a mentir – tanto progresso e estamos sujeitos a isso; e é tão fácil incutir dúvidas num interlocutor. Essa é a natureza da própria ficção e o leitor é enredado nesta trama metafísica: como não acreditar se tudo é ao mesmo tempo falsificado e possível.
Há uns meses li o ‘Coração tão branco’, que também me causou uma profunda impressão. Num comentário à minha publicação da altura, alguém apontou, e com toda a razão, que esse romance fazia parte de um conjunto de três ou quatro romances (em que se inclui ‘Os enamoramentos’) muito similares no estilo, temática e estrutura.São quase o mesmo romance, de tal forma se assemelham. E essa semelhança chega a ser aterradora, esmagando o leitor pelo efeito de conjunto.
Tal como no ‘Coração tão branco’, nos ‘Enamoramentos’ há também uma trama de género policial relativamente sofisticada. Mas se atentarmos bem à sua essência percebemos que é relativamente simples, sendo, por outro lado, o resultado muito mais impressionante. Percebemos que é apenas um pretexto. O romance é uma exploração metafísica sobre a natureza humana, a moral, o amor e a própria ficção – e as suas teses são pungentes.
maddieden's review
dark
mysterious
reflective
slow-paced
- Plot- or character-driven? A mix
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? No
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? It's complicated
2.25
ihyuca's review
adventurous
challenging
dark
emotional
informative
inspiring
lighthearted
mysterious
reflective
sad
tense
fast-paced
- Plot- or character-driven? A mix
- Strong character development? Yes
- Loveable characters? Yes
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? Yes
5.0
bigbizliz1991's review
dark
emotional
mysterious
reflective
tense
slow-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? No
- Loveable characters? It's complicated
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? Yes
3.25
sandro_reads's review against another edition
challenging
mysterious
reflective
slow-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? It's complicated
- Loveable characters? No
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? Yes
2.75
You know that one friend who, when high, turns any comment into a deep philosophical discussion so that hours pass and you no longer have any idea what you are talking about? The Infatuations by Javier Marias is that friend.
The thriller-esque plot of a woman who watches “The Perfect Couple” every day at a cafe until the husband is brutally killed barely exists in the overblown exposition, told mostly through imagined conversations, on life, death and relationships. Intriguing at first but it becomes so repetitious, I found myself skimming through whole chapters trying to find a point.
The thriller-esque plot of a woman who watches “The Perfect Couple” every day at a cafe until the husband is brutally killed barely exists in the overblown exposition, told mostly through imagined conversations, on life, death and relationships. Intriguing at first but it becomes so repetitious, I found myself skimming through whole chapters trying to find a point.
jayrinehart's review
mysterious
reflective
slow-paced
- Plot- or character-driven? Character
- Strong character development? It's complicated
- Loveable characters? No
- Diverse cast of characters? No
- Flaws of characters a main focus? Yes
3.0
eliathereader's review against another edition
2.0
Yer yer çok sıkıldığım ve ölüm, evlilik temalarından dolayı uzak kaldığım bir kitap oldu.