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raquelssilva's review
4.0
Há uma força muito grande nesta história, quase inexplicável, que nos puxa do início ao fim e nos emociona no final surpreendente, que gostaríamos de não ter de presenciar. Porque eles são ladrões, criminosos, mas a sua paixão e a sua liberdade impelem-nos constantemente para eles, fazem-nos simpatizar com a sua dor, a sua força, a sua rebeldia; o seu amor.
http://leiturasmarginais.blogspot.pt/2016/11/o-astragalo-anne-caroline-pandolfo-e.html
http://leiturasmarginais.blogspot.pt/2016/11/o-astragalo-anne-caroline-pandolfo-e.html
acrisalves's review
4.0
com fotos em https://osrascunhos.com/2016/12/26/astragalo-anne-caroline-pandolfo-e-jerkel-risbjerg/
Adaptação do romance do mesmo nome de Albertine Sarrazin, história semi auto biográfica que contém vários paralelismos com a vida da autora, apresenta a vivência dura de quem, sem pais, parece estar condenado a uma existência precária, conturbada, sempre insuficiente para as capacidades e aspirações, marcada pelas acções de quem se aproveita da fragilidade da juventude desprotegida.
Apresentando a mesma alergia à autoridade que a autora, Anne foge da prisão em que se encontra por um delito menor. Nesta fuga mal programada parte um osso delicado do tornozelo, o astrágalo e é nesta posição de simultânea rebeldia e fragilidade que conhece Julien, o rapaz que, tal como ela, anda fugido. Talvez pelo paralelismo da sua situação, talvez pela beleza da rapariga, Julien torna-se o companheiro intermitente que a protege e lhe arranja asilo constante.
A convivência com os sucessos anfitriões nem sempre será fácil. Ainda que a acolham a troco de dinheiro tentam fazer-lhe ver o peso que lhes traz e obter mais alguma vantagem da sua permanência. Na falta do seu protector, Anne chega a Paris, onde se sustenta pela prostituição.
Rebelde e inteligente, Anne surpreende pela persistência e capacidade de sobrevivência apesar da ligação amorosa a Julien que oscila entre a protecção na clandestinidade e a ausência forçada, seja por outras paixões, seja pelos períodos que passa na prisão.
Tal como a vida da autora, a sobrevivência de Anne é marcada pelos percalços constantes, pela precariedade e pela fuga da autoridade, elementos que podem ser reduzidos a um crescimento sem laços familiares.
Caracterizado pela inevitabilidade de uma sobrevivência oscilante e incerta, Astrágalo apresenta o círculo vicioso a que alguns parecem estar condenados para conseguirem existir numa liberdade relativa, sempre em dívida por algo.
Adaptação do romance do mesmo nome de Albertine Sarrazin, história semi auto biográfica que contém vários paralelismos com a vida da autora, apresenta a vivência dura de quem, sem pais, parece estar condenado a uma existência precária, conturbada, sempre insuficiente para as capacidades e aspirações, marcada pelas acções de quem se aproveita da fragilidade da juventude desprotegida.
Apresentando a mesma alergia à autoridade que a autora, Anne foge da prisão em que se encontra por um delito menor. Nesta fuga mal programada parte um osso delicado do tornozelo, o astrágalo e é nesta posição de simultânea rebeldia e fragilidade que conhece Julien, o rapaz que, tal como ela, anda fugido. Talvez pelo paralelismo da sua situação, talvez pela beleza da rapariga, Julien torna-se o companheiro intermitente que a protege e lhe arranja asilo constante.
A convivência com os sucessos anfitriões nem sempre será fácil. Ainda que a acolham a troco de dinheiro tentam fazer-lhe ver o peso que lhes traz e obter mais alguma vantagem da sua permanência. Na falta do seu protector, Anne chega a Paris, onde se sustenta pela prostituição.
Rebelde e inteligente, Anne surpreende pela persistência e capacidade de sobrevivência apesar da ligação amorosa a Julien que oscila entre a protecção na clandestinidade e a ausência forçada, seja por outras paixões, seja pelos períodos que passa na prisão.
Tal como a vida da autora, a sobrevivência de Anne é marcada pelos percalços constantes, pela precariedade e pela fuga da autoridade, elementos que podem ser reduzidos a um crescimento sem laços familiares.
Caracterizado pela inevitabilidade de uma sobrevivência oscilante e incerta, Astrágalo apresenta o círculo vicioso a que alguns parecem estar condenados para conseguirem existir numa liberdade relativa, sempre em dívida por algo.
nathaeo's review against another edition
4.0
that fucking ending....... MAN
also i waited the whole book for her to find rolande again but the gays never win.....
otherwise GREAT BOOK i LOVED the use of dramatic shadows and the art was just mmmm chefs kiss
also i waited the whole book for her to find rolande again but the gays never win.....
otherwise GREAT BOOK i LOVED the use of dramatic shadows and the art was just mmmm chefs kiss
i_m_angie's review
5.0
Esta banda desenhada trata-se de uma adaptação de um livro, fiquei admirada porque é raro encontrar alguma e quando encontro nem sempre conseguem fazer face ao original. Não é o caso deste, penso eu. A arte é deveras espantosa, simples mas o leitor perde-se na arte. Dei por mim horas a fio a admirar o desenho.
A história é de prender a respiração. O amor, o romance, o drama. Deixam o leitor a querer mais, a ansiar por mais. Voámos pelas páginas, disso não há dúvida. As personagens são deveras diferentes, nada em comum. Enquanto por um lado temos Anne uma rapariga com um objetivo, temos o Julian uma personagem muito instável. Uma hora fica com Anne, outra abandona-a. E ao longo do livro é assim, vemos a revolta da Anne, e vimos o seu amor por Julian a crescer.
Gostei de ver a forma como Anne encarava as idas e vindas do seu amor, vê-la a crescer a tornar-se independente. Senti-me orgulhosa ao vê-la seguir em frente, em construir a sua vida. Mas claro, o seu coração pertencia sempre ao Julian, e qualquer um de nós consegue identifiar-se neste caso.
Acho que foram das personagens que eu mais quis que ficassem juntas. Estavam destinados a ficar juntos. Prendi-me à história, deixeime levar. Recomendo que vocês façam o mesmo. Tenho a certeza que vão adorar esta banda desenhada. É única, é cheia de emoção, é cheia de sentimento.
A história é de prender a respiração. O amor, o romance, o drama. Deixam o leitor a querer mais, a ansiar por mais. Voámos pelas páginas, disso não há dúvida. As personagens são deveras diferentes, nada em comum. Enquanto por um lado temos Anne uma rapariga com um objetivo, temos o Julian uma personagem muito instável. Uma hora fica com Anne, outra abandona-a. E ao longo do livro é assim, vemos a revolta da Anne, e vimos o seu amor por Julian a crescer.
Gostei de ver a forma como Anne encarava as idas e vindas do seu amor, vê-la a crescer a tornar-se independente. Senti-me orgulhosa ao vê-la seguir em frente, em construir a sua vida. Mas claro, o seu coração pertencia sempre ao Julian, e qualquer um de nós consegue identifiar-se neste caso.
Acho que foram das personagens que eu mais quis que ficassem juntas. Estavam destinados a ficar juntos. Prendi-me à história, deixeime levar. Recomendo que vocês façam o mesmo. Tenho a certeza que vão adorar esta banda desenhada. É única, é cheia de emoção, é cheia de sentimento.
maggiebooks's review
4.0
Quando um osso partido muda toda a vida...
O Astrágalo é uma adaptação do romance de Albertine Sarrazin, de 1965.
A protagonista, Anne é uma rapariga um pouco diferente das demais. É prisioneira longe de casa e a vida não lhe está correr como desejava. Mas, enquanto cumpre a sua pena apaixona-se por uma rapariga e, de repente, tudo se torna um pouco mais agradável... até que a sua amiga termina o tempo de cadeia e regressa à liberdade.
Tudo se vira do avesso e o novo plano é fugir para se encontrar com Rolande em Paris.
Como todos nós sabemos, a vida dá muitas voltas e, ao fugir, Anne é salva por um rapaz, Julian, que mais tarde se transforma no seu novo amor.
Julian é uma personagem muito escorregadia. Tão rapidamente aparece como desaparece... Uma verdadeira dor de cabeça para qualquer mulher...
Apesar de ser um relacionamento difícil, Anne não o consegue esquecer e faz de tudo para que este amor seja duradouro.
O argumento deste livro é tão devastador que faz todo o nosso corpo tremer... Com essa deixa, posso afirmar com toda a certeza de que o argumento é o ponto mais forte desta banda desenhada... Ultimamente tenho lido excelentes BD's em que os desenhos são o grande forte. Neste caso, os desenhos não são os melhores que já vi, mas a sua simplicidade tem o seu lugar neste livro. São pouco detalhados e algumas das imagens são meras silhuetas, mas vejo este género de desenho como uma boa opção para a história. Fez-me lembrar muito o género de filmes Noir.
A dor de Annie é real e poderosa. Real ao ponto de nos colocar no seu lugar.
Senti-me muito presente na vida desta personagem e vivi cada momento com ela. O mais impressionante é que nunca passei por nada parecido na minha vida, mas senti-o na pele...
Um livro muito humano e valioso, que retrata o poder do amor, capaz de afetar todos... até mesmo aqueles que aparentam ser mais fortes.
Esta é mais uma excelente aposta da G Floy Studio, à qual agradeço mais uma vez.
O Astrágalo é uma adaptação do romance de Albertine Sarrazin, de 1965.
A protagonista, Anne é uma rapariga um pouco diferente das demais. É prisioneira longe de casa e a vida não lhe está correr como desejava. Mas, enquanto cumpre a sua pena apaixona-se por uma rapariga e, de repente, tudo se torna um pouco mais agradável... até que a sua amiga termina o tempo de cadeia e regressa à liberdade.
Tudo se vira do avesso e o novo plano é fugir para se encontrar com Rolande em Paris.
Como todos nós sabemos, a vida dá muitas voltas e, ao fugir, Anne é salva por um rapaz, Julian, que mais tarde se transforma no seu novo amor.
Julian é uma personagem muito escorregadia. Tão rapidamente aparece como desaparece... Uma verdadeira dor de cabeça para qualquer mulher...
Apesar de ser um relacionamento difícil, Anne não o consegue esquecer e faz de tudo para que este amor seja duradouro.
O argumento deste livro é tão devastador que faz todo o nosso corpo tremer... Com essa deixa, posso afirmar com toda a certeza de que o argumento é o ponto mais forte desta banda desenhada... Ultimamente tenho lido excelentes BD's em que os desenhos são o grande forte. Neste caso, os desenhos não são os melhores que já vi, mas a sua simplicidade tem o seu lugar neste livro. São pouco detalhados e algumas das imagens são meras silhuetas, mas vejo este género de desenho como uma boa opção para a história. Fez-me lembrar muito o género de filmes Noir.
A dor de Annie é real e poderosa. Real ao ponto de nos colocar no seu lugar.
Senti-me muito presente na vida desta personagem e vivi cada momento com ela. O mais impressionante é que nunca passei por nada parecido na minha vida, mas senti-o na pele...
Um livro muito humano e valioso, que retrata o poder do amor, capaz de afetar todos... até mesmo aqueles que aparentam ser mais fortes.
Esta é mais uma excelente aposta da G Floy Studio, à qual agradeço mais uma vez.
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